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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Update #1


Então, vou tentar dar uma resumida na história porque 2 anos de desventuras em série não é pouca coisa, né gente? Rs...

Como já tinha falado, eu não tava bem nos USA. Me sentia triste, com muita vontade de voltar mas ao mesmo tempo eu lutava em vão pra matar esses sentimentos e começar a sentir vontade de ficar. Nem preciso dizer porque né... uma puta oportunidade dessas não dá pra jogar pela janela por causa de uma simples saudade de casa... mas infelizmente a homesick falou mais alto e eu decidi voltar. Meus host parents já haviam percebido que eu não estava rendendo mais, que eu estava desligada, sem interesse de mostrar serviço, e eles mesmo tomaram a iniciativa de adiantar em 2 meses minha volta, sem perder o certificado de conclusão do programa. Meu host super compreendeu, mas a hosta nem falava comigo mais... parecia que tava louca pra eu vazar logo. Mas eu não a condeno. Apesar de algumas idiotices que ela fez de graça comigo (tipo me deixar sem comida de propósito só porque eu arrumei o prato do almoço das crianças e não arrumei o dela... alooww!!), eu acho que ela tem uma grande parte de razão. Nos últimos meses eu realmente não queria nada com nada.

Então eu vim embora. Chorei horrores pra despedir do host dad e das crianças e vim chorando quase o voo todo de volta. Que coisa triste a tal da despedida né gente? Fora o misto de alívio com a dúvida se eu tava realmente fazendo a coisa certa... nossa, acabou comigo. Mas enfim, bola pra frente! Cheguei, foi aquela festinha básica, todo mundo feliz, bla bla bla e assim foi até o comecinho de janeiro, quando minhas desventuras estavam condenadas a começar (lembrando que cheguei no Brasil dia 06 de novembro de 2012).

Pra quem não sabe (não lembro se já comentei aqui), minha família possui uma empresa. Essa empresa era da minha mãe e foi passada pra uma tutora um pouco antes dela falecer com o destino de ser passada pro meu irmão e pra mim assim que fossemos capazes de administrá-la. Meu pai tinha outra empresa no nome dele mas, logo depois da morte da minha mãe, ela foi fechada e meu pai ficou só com a responsabilidade de administrar a nossa. Pouco tempo depois que minha mãe faleceu, meu pai assumiu um relacionamento com uma pessoa que tinha uma fama pior que puleiro de pato, se é que vocês me entendem. Ela era conhecida por ser interesseira, então nem preciso dizer aonde isso iria parar né? Mas infelizmente, meu pai como bom trouxa que um clichê desse requere, era o único que não percebia a segunda cara que ela tinha. Pois bem.

Quando cheguei ao Brasil, o funcionário que trabalhava no setor financeiro da empresa tinha acabado de sair e precisavam de alguém pra substituir. Eu, apesar de nunca ter trabalhado na área, topei o cargo com a condição de que minha então madrasta, me ajudasse, orientando como tudo funcionava. O problema é que a bicha ficou enciumada porque eu fui para o financeiro da empresa e não ela, e começou a me atrapalhar ao invés de ajudar, a fim de convencer o meu pai que eu iria quebrar a empresa para, lógico, ele perceber que ELA era a melhor para o cargo. Por varias vezes tentei mostrar pra ele que o problema nao estava em mim, mas ele sempre ficava do lado dela. Até que um dia, depois de muitas brigas eu dei o ultimato, ou ela na empresa, ou eu. Depois de me xingar horrores, meu pai então a colocou num setor afastado do meu, mas mesmo assim ela conseguia me infernizar tentando me queimar pro meu pai.

Alguns dias depois, ela chega na empresa dizendo que tinha uma idéia revolucionária para a empresa crescer horrores e perguntou se eu estava disposta a colaborar. Quando eu disse que sim, de imediato ela me pede todos os extratos bancários das contas da empresa e que a partir daquele dia, ELA iria ficar de frente para o setor financeiro (traduzindo, ela ia me chutar pro escanteio e ia me fazer virar a secretária dela). Na hora respondi que nao iria entregar extrato nenhum pra ela, o que a deixou furiosa. E pra minha surpresa, dessa vez meu pai ficou do meu lado. Ela ficou tão de cara, que pegou as coisas dela, disse que a gente se merecia e foi embora, dizendo que nunca mais voltava. A partir deste momento abria-se a porta do inferno na minha vida e na vida da minha família. 


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